terça-feira, 3 de setembro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 291

Era quase nada

Era quase tudo

Repetir meus feitos por aí

Rir quase sempre

Tentar prender o choro

Como só os loucos fazem


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A perfeição mastiga pedras...

Os sonhos pesam demais...

Nenhum mar é amistoso...

Para cada comercial um abismo...

Todo capital é malvado...

Amor e desamor são gêmeos...


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Um fundo musical para cada poema

(Para que as palavras falem mais...)

Um rosto com a mais solene seriedade

(Nossa alegria acabou de ir embora...)

Observem bem cada gesto da vida

(Só a tristeza pode nos trazer felicidade...)...


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Os rios são tempos

Que não possuem relógios

Não tem pena de ninguém

Passam e passam e passam

Só descansarão no mar

Assim como tudo que acontece

Só descansa na lembrança...


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Os pássaros? Estão por aí...

Já nossos voos terão sua descida...

As flores? Estão por aí...

Mesmo murchas seu perfume continuará...

Os sonhos? Estão por aí...

Sempre renascem em qualquer momento...

Os amores? Estão por aí...

Após partirem acabam retornando...

O homem? Ainda está por aí...

Só não se sabe até quando...


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Folheio um livro em calmo desespero...

Saboreio cada palavra que relembro

E até algumas que até já esqueci...

Relembro canções que já escutei

E outras que não foram mais cantadas...

O tempo é meu grande amigo

Mesmo todas as vezes que me fere...

Desconheço quanto demorarei a ler

Mas essa é uma tarefa obrigatória...

Esse livro se chama minha vida

E eu o folheio com calmo desespero...


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E as gotas pulam lá do alto!

Taparam o sol? Foi sem querer...

São gotas, não são lágrimas

Presente que alguém mandou 

Lá de cima para o mundo...

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