quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Uns Versos


Não é só um rosto
É uma vida inteira
É qualquer agosto
É qualquer maneira
É o fim-começo
É o começo-fim
É o que conheço
E o que há em mim
Um menino triste
Um choro só
Nada mais existe
Do que luz e pó
Do que pó e estrada
Do que meu cansaço
A sorte foi lançada
E a nave no espaço
O espaço-tempo
Vai formando cores
E os contratempos
Para meus amores
E o que acabou
Eu ainda quero
Ainda terá gol
E um lero-lero
Nada pra fazer
Nada pra cantar
Sem o que comer
Não há o que gritar
Eis aqui diamantes
Mas não brilham mais
Foram instantes
Quase que fatais
Estamos no limite
Estamos na fronteira
Talvez não acredite
Ache que é besteira
São versos soltos
Que andam por aí
Cabelos revoltos
Eu ainda não sorri...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Insalubre (Miniconto)

Insalubre era a casa dela (se é que podia ser chamada de sua ou ser chamada de casa). Qualquer favela tem coisa bem melhor. Sem porta, sem j...