quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Da Natureza dos Tolos

Os tolos se compreendem. Ou pelo menos acham... Porque na verdade a tolice os cega. Constroem castelos que não são de sonhos. São de cinza... Pensam que sabem amar. Mas não amam... Seu amor é insosso como a comida de um doente. E egoísta como nenhum amor pode ser... Eles acham que mandam no mundo. Mas vida e morte seguem nossos passos até a hora que querem... Eles pensam que estão na moda. Mas a moda é uma prostituta velha e barata que ri de seus clientes... Fazem guerra para ganhar com isso. Mas a guerra é um cão danado que acaba indo contra seu dono... Acham que controlam o dia a dia. Mas o dia a dia é um palhaço que ri da cara dos que estão lá na platéia... Acham que sabem tudo. Mas na verdade não saber talvez seja mais prudente e seguro... Os tolos acham que se dão bem sempre. Mas ganhar pode ser a pior opção... Chegar em primeiro lugar nem sempre significa ser o melhor... Certos tesouros perdidos são a forma mais intensa de se viver... Os tolos pensam que pensam. E pensam que pensam que pensam... Mas não é assim... Porque se pensassem parariam. E se parassem andariam mais do que imaginam... Não param para olhar uma flor. Mas olham prédios. Mas os edifícios um dia caem. E certas flores são únicas e que as viu as terão para sempre... Não possuem tempo para dar um sorriso. Mas querem ter coisas e mais coisas. Um sorriso pode ser eterno. E as coisas que ganhou um dia irão embora... Os tolos não gostam de versos. Não gritam sem motivo. Nem dançam sem hora certa. Mas de que adianta marcar o horário se a vida desconhece compromissos?  Os tolos chamam os outros de tolos. Mas esquecem que temos um grande espelho à nossa frente... Um espelho que reflete nossos defeitos e nossas maiores decepções... Um espelho bom e cruel... Um espelho chamado realidade... Os tolos são tolos. E é isso que eles são...

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