segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

De Porta Aberta

Entre, a porta está aberta, pode entrar.
Chegue, você é sempre bem vinda, pode chegar.
Só não repare que está tudo meio desarrumado,
É a vida moderna, eu ando meio apressado.
Eu também ando meio estressado, dá pra ver,
Mas mesmo assim fico contente em lhe receber.
Não faça cerimônia, fique bem à vontade,
Eu sei como é ter passado pela cidade,
Ver tanta coisa que não é muito legal, 
Mas você que vê tudo, não leve isso à mal.
São várias pessoas pessoas, é o errado e o certo
E eu sou um cara com o peito mais aberto,
Já me acostumei com essas visitas toda manhã
E quando você não vem eu espero o amanhã.
Entre, faça bagunça, remexa em minha gaveta,
Faça perguntas indiscretas e seja xereta,
Pergunte por todos os meus mais secretos medos,
As gafes que cometi e o sobre meus segredos,
Se eu tenho tido muito sorte ou tido pouca grana,
Se tenho bebido muita cerveja no fim de semana,
Se pelo menos tenho tentado parar de fumar, 
Se isso tem me feito tanto mal ao respirar
E como estão indo meus compromissos sociais,
Se tenho lido muitas mentiras nas páginas dos jornais,
Se tenho um novo amor, uma nova namorada,
Se tenho pensado muito e se não penso em nada.
Suba em em tudo, remexa em tudo, faça tudo,
Desenhe no telhado, nas paredes, no criado-mudo,
Faça como se tivesse uma nova festa agora.
Nem tenha pressa de ir, esqueça até da hora,
E quando a noite chegar eu até lhe entendo,
Me deixe aqui no canto triste de peito doendo,
A vida me ensinou que posso lhe esperar
E logo que puder você vai voltar,
Sorridente, radiante, bela como sempre quis
Luz do sol que me faz tão e tão feliz...

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Poesia Gráfica LXXXVI

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