segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Em Absoluto


Meus mares andavam em absoluto
E o dia noturnamente se apresentava
Era apenas um pecado impoluto
Que em mais águas assim martelava

Esperem mais um pouco nada disse
E dizendo assim esperando esperava
Em mais sonhados sonhos que Alice
Quem alucinado chá que degustava

Esses cristais são os melhores sintéticos
E até pouco tempo ninguém os fabricava
São feitos com legais propósitos éticos
Com estrutura iônica que não se imaginava

Meus olhos andam por portas e janelas
Como só aquele menino um dia andava
E em pesadelos buscam coisas belas
Porque um dia ele só assim pesadelava

É pesadelo tudo que se apresenta
É pesadelo tudo que se apresentava
São teoremas que a vida se assenta
Mas a morte é que os estudava

Vamos que vamos minha fada verde
Essa sua cor nem eu mesmo trocava
E no conforto de um balanço de rede
Talvez de novo eu assim te vomitava

Não é o umbral ele apenas parece
É apenas a cena que alguém encenava
E enquanto rugia mais uma prece
Um chiclete de menta se mascava

Essa roupa é o que há de mais perfeito
E se eu fosse você eu também desfilava
Mostre logo o que não há mais jeito
Ou onde minha alma se encontrava...

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