Desculpe se faço esses versos
Às vezes eles são bem perversos
Decorrem de vários processos
De avanços e de retrocessos
De muitas faltas e excessos
Que não dão nem pra contar
Desculpe então minha linda
E seja sempre bem vinda
Que eu quero mesmo é gozar!
Desculpe se falo essas besteiras
Se me faltam as boas maneiras
É questão de queira ou não queira
Eu peço perdão na segunda-feira
Vamos subindo essa nossa ladeira
Que a vida não pode parar
Desculpe então meu amigo
Vem beber uma cerva comigo
Tenho muita coisa pra te contar!
Desculpe se é nada com nada
É que a vida mete a porrada
E quando a fruta cai é estragada
E eu tenho muito medo de escada
E eu saio bem cedo pra estrada
Antes do sol de novo esquentar
Desculpe então minha mainha
Se era só isso que eu tinha
É o pouco que posso te dar!
Desculpe se eu confundi a bola
Viver é talvez a maior escola
Mas é bem ruim viver de esmola
Em toda prova ter que tirar cola
E em cada problema entrar de sola
Bem eu queria nem pode entrar
Desculpe então senhor meu pai
É que às vezes até a pressão cai
É o que eu consigo hoje aguentar!
Desculpe se faço esses versos
São apenas meus réus confessos
De muitos e muitos recessos
De algumas feridas e de abcessos
Alguns calmos e outros possessos
Que são tantos e não dá pra contar
Desculpe então minha linda
E seja sempre mais que infinda
Que eu quero mesmo é gozar!!!
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