quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Eu Sigo Adiante...


Eu sigo adiante,
Não olhe...
Eu sigo adiante, 
Não pare...
Viva apenas a sua vida,
Eu sigo adiante...
Cometa os velhos erros, 
É assim mesmo, 
Faz parte...
E quando se arrepender,
As nuvens que queria dar
Já foram todas embora
E aí é tarde demais...
Eu sou um cavaleiro andante,
Reparou?
E mais que a triste figura
Trago todos aqueles tempos tristes
Guardados no pele e na carne
Como fiéis estilhaços...
Eu sigo adiante,
Faz tempo...
E acabei virando o tempo de mim mesmo...
Quebro pontes...
Derrubo prédios...
E assassino meus próprios sonhos...
Um à um com minhas próprias mãos.
Rude como poucos o são
Encho-me de ternura
E pleno dela me faço mais cruel.
Não sou o carrasco,
Mas a lâmina afiada.
E essa mesma lâmina também abre
Outros tantos caminhos
Para que outros sonhos cheguem...
Eu sigo adiante,
É tudo...
Eu sigo sem hesitação
Com pés hesitantes
E mãos trêmulas...
Como um bebum mais sóbrio
Que viu reais castelos no ar...
Acabou...
Mas o que realmente acaba?
Morreu...
Mas quem és tu, ó Morte?
Um amigo que não causa tanto medo assim...
Vamos indo e é só...
Não olhe...
Não pare...
Eu sigo adiante...

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Poesia Gráfica LXXXVI

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