quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Anos e Anos


Contem-se nos dedos até acabar
E quando acabar recontemos de novo
Sim sim aguardaremos ansiosos como nunca
Que chegue a hora do recreio
Vejamos todos os detalhes desta estrada
E não cairemos mais em armadilhas
O pó nos pés não mais importa
Se podermos chegar ao final dela
Eu perdi teu telefone
Eu esqueci teu endereço
Mas de qualquer forma chegarei aí
Eu não vivo mais preocupado com a aparência
Esqueci de terminar de ler alguns livros
Mas é porque eram chatos demais
O sol brilha lá fora e eu sei disso
E sei que tudo na vida só tem dois finais
Você já foi no jardim hoje?
Cada uma daquelas flores é uma surpresa
Mesmo se vemos pela segunda vez
Basta mais um gole e riremos sem motivo
Eu não escolho mais as palavras
Elas que me escolhem e eu obedeço
Não fico mais vendo notícias ruins
Porque elas já fazem parte do mesmo quadro
Há muito tempo paramos de brigar
E isso pode não ser tão bom assim
Eu trouxe uma garrafa de vinho para o jantar
Pode arrumar a mesa e acender as velas
Faremos um brinde para o que não existe ainda
Pelo menos nos dói um pouco menos
Eu sei que faz mal mas quero um cigarro
Ser politicamente correto nunca foi o meu forte
Desligue o rádio por favor
Eu sei que haverão muitas e muitas novidades
Mas é exatamente isso que não quero...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Insalubre (Miniconto)

Insalubre era a casa dela (se é que podia ser chamada de sua ou ser chamada de casa). Qualquer favela tem coisa bem melhor. Sem porta, sem j...