Cada detalhe. Cada nuance.
Palavra mal escolhida. Mal proferida.
Cadeado na porta. Cadeado no peito.
Pecado de algumas tolas moedas.
Acabou de perder a razão quem a tinha.
Os rios nunca param.
As cicatrizes nunca morrem...
Cada esperança. Cada carta marcada.
A ira dos deuses. A tolice feita dos seres.
Desculpas não aceitas. Infantil reação.
Madrugadas quase sem sombras.
Judas se atrasou para a santa ceia.
O tempo tem hipocondria.
A poeira ataca todo o espaço...
O gole mal engolido. Abominação etílica.
O suicídio mascarado. A sujeira permanente.
Ameaça quase insana. O carnaval sem folia.
Mais um cigarro para poder me matar.
Caiu de cara no chão para dormir.
Nossa sede só possui fome.
Só eu mesmo me aponto o dedo...
Toda praia é imortal. A jaula está sem porta.
Um tapa na cara da lógica. Um soco no sorriso.
O ridículo está insone. Palmas para o abismo.
Engulo todos meus domingos com café.
Nunca seremos o que nunca fomos.
A beleza da maldade tem nome.
Quanto mais complicado melhor fica...
(Extraído do livro "Leonardo e O Chão" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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