segunda-feira, 17 de março de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 338

Teu mês

Meu ano

Pudera eu trocar as bolas...


O meu grande medo é ter medo

Assim estava fadado...


Teu mês

Meu ano

Tudo quase que se segue...


A saudade é um punhal cravado

Que saudades daqueles cafés...


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 Eles não eram de ouro

Eram apenas de simples plástico.

Eles não vinham em porta-joias

Vinham em caixinhas de papelão.

Não custavam o sangue alheio

Algumas moedas bastavam.

Mas era importantes para mim

E ainda traziam algum doce...


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Meia dose de pisco.

Meia dose de absinto.

Uma dose de loucura para acompanhar.


Meio céu lá fora.

Meio céu aqui dentro.

Apenas um par de asas para poder voar.


Meio pedaço de terra.

Meio pedaço de mar.

Ter alguma força para não chorar...


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- Não faça isso, menino! É feio...

Dizia Vó Augusta com olhos azulzinhos 

Atrás dos velhos óculos cansados...

- Tá tão bonito, meu neto!

Também dizia nos raros sorrisos

Que a vida pode lhe dar...


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Toda lembrança é quase uma tortura

Sejam elas boas ou más como geralmente são

Tudo que passa acaba deixando saudade

Mesmo que seja apenas um vento passado

Quando sonhamos estamos aprontando

O próximo pesadelo que logo chegará...


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Se todos os poetas soubessem...

Iríamos gargalhar até não poder mais.

Faríamos uma festa em cada momento.

Usaríamos as asas que temos sem saber.

Com um barco de papel viajamos o mundo.

Com palavras emparedadas 

Faríamos calar todos os malvados.

Se todos os poetas soubessem...


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Se nas palavras estão os encantos

Nas letras estão as artimanhas.

Uma brincadeira bastaria.

Mostremos a língua nos espelhos.

Vamos comer duas letras?

Tiremos o "en" e deixemos só o fado...

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