Estar etilizado com tanta estrela
Eis a minha mais solene meta...
Percorrer os quatro cantos do mundo
Pode ser até uma tarefa legal...
Usar todas as cores possíveis
Para surgirem novos e bons tempos...
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Talvez aquele teus cabelos
Tivessem as ondas feito mar
E meus olhos fossem estrelas
Mais fáceis de enganar
E todos os riscos e medos
Apenas risos para se dar
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- Meu caso é grave, doutor?
- Lamento lhe informar que sim...
- E a há cura, doutor?
- Talvez sim, talvez não...
- Por que, doutor?
- Porque até hoje não foi encontrada
Nenhuma cura definitiva para a paixão...
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Os doces agora estão amargos.
As formigas serão meus coveiros.
Não tive culpa se a culpa foi minha.
Não acompanho mais as estrelas.
Nem sigo cometas para ter esperanças.
Meu sonho é a roupa velha que não lavei...
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Eu não quero saber o nome dela
(Sinceramente, não quero saber)
Que seja qual um poemeto sem título...
Nem quero saber se o açúcar mata
(Pior acordar com a boca amargando)
Há maiores preocupações na vida...
Deixe que eu segure a ternura restante
(Vale o sacrifício de meus últimos dentes)
Antes que ela voe como pássaro sem gaiola...
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Qual era a graça que tinha a Graça?
Olhos bem debochados e tranças no cabelo...
Curvas inatingíveis em muitos tesões...
Risos intermináveis entre velhos corredores...
Uma ave que voava sem precisar de céus...
Um deboche que a mocidade sempre perdoa...
Qual era a graça que tinha a Graça?
A graça da Graça era a própria Graça...
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O desespero dos olhos era os próprios olhos...
O medo dos olhos era os próprios olhos...
A escuridão dos olhos também era os olhos...
Prometo solenemente que não voarei mais pelas manhãs...
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