quinta-feira, 27 de março de 2025

Elixir dos Ventos

Eis porque teus olhos vulgares

Me são tão raros

Me são tão caros...


Ventos vindos do norte

Ventos rindo da morte

Assim...

Jardim...


Eis porque tua boca deboche

Me é tão macia

Me é tão vadia...


Ventos vindo do carnaval

Ventos rindo do temporal

Assim...

Em mim...


Eis porque teu corpo comum

Me é minha presa

Me é minha mesa...


Ventos vindo da alegria

Ventos rindo da fantasia

Assim...

Clarim...


O pajé fez o elixir

E eu bebi...


(Extraído do livro "O Espelho de Narciso" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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