Aquilo que não como é o luxo que tenho...
Ora, por que não? Meu tempo assim merece...
A minha vaidade não acabou, só usa uma máscara...
A morte é mais um brinquedo em minha mão...
Cada um come o seu pedaço na hora que quer...
Nunca fomos... Mas mesmo assim sempre seremos...
Aquilo que não bebo é a falta que sinto...
Ora, por que não? Tudo se repete sem percebermos...
Toda novidade é obsoleta, a próxima lhe mata...
A puta é aquela que esconde sua inocência nas ruas...
A maldade é o abismo do abismo do abismo...
Velhas páginas... Quanto mais amareladas, mais novas...
Aquilo que não respiro é o que mais me sufoca...
Ora, por que não? Há várias drogas disfarçadas...
Nunca seremos o futuro, mas sim o passado...
O morcego é um pássaro que ama a escuridão...
Eu me permito a todas as loucuras possíveis...
Dançar na praça... Mesmo em dias de muita chuva...
Aquilo que não vejo é o que mais me cega...
Ora, por que não? Até as máquinas adormecem...
As preces falham, os gênios erram nos pedidos...
Todo erro é plausível se assim foi desejado...
Eu só me vesti de vermelho quando fui um clown...
Hoje sou apenas um velho que nem Coca-Cola tem...
(Extraído do livro "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida").
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