.............................................................................................................
Todos os brinquedos quase sem graça
(Só a novidade tem verdadeiro encanto)
As manhãs são repletas de seu sono
(Muitos enigmas e todos eles à granel)
Hoje mais que nunca o nunca aqui está
(Os sonhos são pássaros desembestados)
Nunca ninguém saberá o que pensamos
(Pra falar a verdade nem nós mesmos)...
...............................................................................................................
Um poeta jovem me falou assim:
- Se você continuar só escrevendo como faz
Poderá morrer em extrema solidão...
Estás enganado, meu nobre e caro amigo!
Mesmo que ninguém leia uma só letra
O meus cantos atingiram todo o ar em volta
Toda eternidade dispensa aplausos da plateia...
Só a loucura pode valer alguma coisa...
...............................................................................................................
Eu nunca fiz um poema pra morte
Ela que faz algum todos os meus dias
E eu (por enquanto) me recuso a ler...
Queria outros beijos que não abismos
Mas eles fazem seu fiel delivery
E afinal precisam ser atendidos...
Meus versos não são o sangue que tenho
São todos eles as minhas próprias veias
Que pulsam por um coração que tem medo...
Eu nunca quis que a morte chegasse
Mas sei que um dia ela vai chegar
E será irrecusável a velha proposta de namoro...
...............................................................................................................
Trem sobre os trilhos...
Sonhos em nossas cabeças...
Nuvens para nos acompanhar...
Quem acendeu o dia?
Barcos cortando mares...
Acompanhamento de pássaros...
Flores para todos nós...
Quem apagou a noite?
...............................................................................................................
É hora da chamada
Nossa teimosia: Presente!
Como todas as estações
Que assim se repetem
Ou assim como goteiras
Quando chove:
Ping, ping, ping...
...............................................................................................................
Uma estrela? Não! Um verso...
Aquele que deveria ter escrito
Mas que não pude fazer...
Que deveria ter gravado
Naquela árvore da praça...
Ou marcado no coração
Até o final dos tempos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário