domingo, 11 de setembro de 2022

Seis e Alguma Coisa

Faltam todas as pedras

E as baionetas calaram-se 

Na minha pura das vergonhas...

Seis e alguma coisa.

E os passarinhos rasgam manhãs...

Por que não repeti-las?

Suaves ferimentos voluntários

E correntes postas com ansiedade...

Quero ver os loucos que erraram

Nas datas e carnavalam

Num setembro sem quatro dias...

Eu prometi não fazer promessas!

E beijarei tantas bocas possíveis

Com a mais sutil das meralidades...

Todo vermelho acaba noutra cor...

Quero ver meus dentes caírem

Junto aos meus cabelos brancos

Logo quando minha poesia morrer...

Seis e alguma coisa.

O sete virá em logo engoli-lo...

Que jogo será a vida?

Um dominó? Ou uma damas?

Só as mesas de cimento na praia

Terão resposta para tal enigma...

Acabei de subir num prédio para voar

Nem de asas necessito mais...

Eu sou quem sou até não ser...

Minha caveira dará um sorriso

Para todas as continuadas ilusões...

Jovens bundas despertam a libido

Enquanto carros no congestionamento

Lembram de amores inexistentes...

Eu trouxe todas as cores possíveis

E agora tardiamente mais nada...

Meu tesão de mijo foi embora...

Seis e alguma coisa...

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