sábado, 3 de setembro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 191

Tenho desejos incontidos num pobre peito, sou ainda o mesmo menino folheando velhas revistas no solitário banheiro. O sol de uma noite eterna esfria minhas veias. Aonde andará aquele parque que ficava em frente ao mar? As luzes noturnas tiravam meu medo de altura por um tempo quase infinito. Era uma coragem parecida com sonhos de escadas. Quero sorrir e acho que ainda estou.


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Menos da metade

talvez sim

talvez não

Meus versos até

em fileiras

em filas

Caindo, caindo...


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A novidade?

É que não existem novidades!

A tristeza?

Espalhou-se em todos os cantos...

Eu sou apenas um

(mais um)

que vai silencioso

ao encontro do seu destino...


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Se o rio não tem água, não faz curva,

acabaram-se os ovos, pode jogar a sexta no chão,

hoje será pior do que ontem, essa é a previsão,

respiro com dificuldade, custou-me a acostumar,

não existe silêncio absoluto, até o espaço grita,

falar de amor?, isso é para quem ainda suporta,

vou inventar o que puder, sobretudo absurdos,

eu sou da noite, assim como todos os sóis...


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A perfeição acabou de errar.

Era amor?

Cansei de fazer tais perguntas...

Quero dançar pelado em frente ao espelho!

E como qualquer pássaro

Ter alguma pena de mim mesmo...

Podem chegar!

O vendedor está louco.


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Corro feito rio

Serpente de águas

Sem me cansar

Dias e noites

Quentes e ventos

Uma direção

Sempre ir

e sempre ir

e sempre ir...


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Misturar o que eu sei

e o que não sei

numa mesma paleta de cores

falar pouco

escrever e olhar muito

há muitos segredos por aí

eu queria achar 

um dia um destes

quase perdido

pelas ruas que ando...


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