terça-feira, 6 de setembro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 192

 

Chegou o tempo sem tempo

Onde as filas pouco importa

Mesmo que vivamos nelas...

É hora de fazermos versos

E vermos pequenos detalhes

Que sempre nos enternecem...

Chegou o tempo sem tempo

Acabamos esquecendo tudo

Mas nunca esquecemos o amor...


...............................................................................................................


As pessoas falavam coisas

pensavam em efeitos nas redes sociais...

Encontrariam alguns caminhos

fora dos labirintos que o comum faz?

Falam de amores que nunca sentiram,

enxergam cenas iguais cegos,

riem de piadas que não foram contadas

e se enlutam pelo mais banal...

Tudo vai para um abismo só:

Nunca fomos tão medíocres antes...


...............................................................................................................


Só os cansados podem dizer

Até que ponto chegou seu caminho,

Os pés não obedecem mais,

A cabeça acaba lhes tonteando,

O tédio machuca seus traseiros

sentados na frente da tela de seu PC.

Onde estará seu mundo?

Talvez em ilusões criadas

com o mesmo silêncio morto

que só as máquinas possuem...


...............................................................................................................


Quero driblar a morte

(Morrerei sim, com certeza),

Não por levar querer levar algo 

Dentro do meu caixão

(Caixões guardam restos)

A roupa apodrecerá comigo,

A lápide poderá embaçar,

Não terei visitas diárias

(Se alguma delas tiver),

Isso pouco importa...

Levarei histórias eternas,

Choros que mostrei um dia

E alguns poucos risos escondidos...


...............................................................................................................


Faltam-me palavras,

simplesmente isso...

E mesmo assim olho o mundo,

meus olhos são maiores 

do que ele mesmo...

Quando vejo tais coisas

acabo lembrando 

de muitas chuvas que passaram...


...............................................................................................................


Uma pedra é uma pedra...

E meus versos se assemelham à elas...

As feridas acabaram me insensibilizando

em muitas e tantas eras...

O choro acabou me acostumando

com o sol de todos os mares...

Os desamores me treinaram

para que atravesse tantas tempestades...

E voar acabou se tornando

a mais comum de todas as ações...

Não espere mais do que isso

de todos os poetas que como eu se foram...

Uma pedra é uma pedra...


...............................................................................................................


Declaro de uma vez

que todas as manhãs serão de sol

mesmo quando chovam...

Também declaro

que os passarinhos e as flores

sejam intocáveis...

Da mesma forma declaro

que amores e sonhos

possam de vez serem vividos...


...............................................................................................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLV (Indissolúvel)

  Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...