Chegou o tempo sem tempo
Onde as filas pouco importa
Mesmo que vivamos nelas...
É hora de fazermos versos
E vermos pequenos detalhes
Que sempre nos enternecem...
Chegou o tempo sem tempo
Acabamos esquecendo tudo
Mas nunca esquecemos o amor...
...............................................................................................................
As pessoas falavam coisas
pensavam em efeitos nas redes sociais...
Encontrariam alguns caminhos
fora dos labirintos que o comum faz?
Falam de amores que nunca sentiram,
enxergam cenas iguais cegos,
riem de piadas que não foram contadas
e se enlutam pelo mais banal...
Tudo vai para um abismo só:
Nunca fomos tão medíocres antes...
...............................................................................................................
Só os cansados podem dizer
Até que ponto chegou seu caminho,
Os pés não obedecem mais,
A cabeça acaba lhes tonteando,
O tédio machuca seus traseiros
sentados na frente da tela de seu PC.
Onde estará seu mundo?
Talvez em ilusões criadas
com o mesmo silêncio morto
que só as máquinas possuem...
...............................................................................................................
Quero driblar a morte
(Morrerei sim, com certeza),
Não por levar querer levar algo
Dentro do meu caixão
(Caixões guardam restos)
A roupa apodrecerá comigo,
A lápide poderá embaçar,
Não terei visitas diárias
(Se alguma delas tiver),
Isso pouco importa...
Levarei histórias eternas,
Choros que mostrei um dia
E alguns poucos risos escondidos...
...............................................................................................................
Faltam-me palavras,
simplesmente isso...
E mesmo assim olho o mundo,
meus olhos são maiores
do que ele mesmo...
Quando vejo tais coisas
acabo lembrando
de muitas chuvas que passaram...
...............................................................................................................
Uma pedra é uma pedra...
E meus versos se assemelham à elas...
As feridas acabaram me insensibilizando
em muitas e tantas eras...
O choro acabou me acostumando
com o sol de todos os mares...
Os desamores me treinaram
para que atravesse tantas tempestades...
E voar acabou se tornando
a mais comum de todas as ações...
Não espere mais do que isso
de todos os poetas que como eu se foram...
Uma pedra é uma pedra...
...............................................................................................................
Declaro de uma vez
que todas as manhãs serão de sol
mesmo quando chovam...
Também declaro
que os passarinhos e as flores
sejam intocáveis...
Da mesma forma declaro
que amores e sonhos
possam de vez serem vividos...
...............................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário