quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 194

Frases sem sentido e memes sem graça é o que temos. Um desespero simpático que toma boas doses de café e sorri simpaticamente. Não sabemos mais se pulamos no abismo ou se voamos. É a poesia da comodidade. Falar daquilo que não se conhece, boas camuflagens para isso. O gesto venceu as cores. Tudo que é passageiro veio para ficar. Muitos contrassensos. Toda novidade que será obsoleta no contar dos segundos. O morto só levantará amanhã de manhã, hoje é dia de folga...


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Frases soltas, soltas

por um acaso,

Feito folhas, folhas

que o vento leva,

Sonhos muitos, muitos

que chegarão 

ou não...

Suspiros leves, leves

de quem ama,

Sorrisos raros, raros

clareando o dia...


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Os arranha-céus arranham os céus

Enquanto uma chuva fina tudo entristece

Eu agora sou só os meus olhos

E insensível às dores que me acostumei

Todos os versos são vivos e muito

Até em paredes haverão declarações

Cada passo que dei continua sendo

Pois a memória do tempo é infinita

Temos flores que caem me tapetes no chão

Eram amarelas se não me engano

Eu vi uma frase de amor numa parede

Frases impossíveis me fazem chorar

Prefiro arranha-céus que nada dizem...


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Não faz sentido algum apenas viver por viver. Muitos fazem isso e não o sabem. São apenas figurinhas de um álbum, depois de completo irá para o lixo ou ficará jogado num canto qualquer. Não adiantou o tempo gasto, colecionando figurinhas, cada vitória foi apenas uma ilusão. O esquecimento pertence a todos, mesmo quando pensamos que não...


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Tristeza cada passo

Com ou sem espaço

Sol chuva ou mormaço

Com ou sem março

Sucessos ou fracasso

Eu dedilho as cordas de um inexistente violão

Tudo é triste e monótono como samba-canção

Tristeza como um rio

Ou cheio ou vazio

Sol quente ou muito frio

Calado sem um pio

Sou covarde e sou bravio

Eu toco as teclas de um inexistente piano

Nem sei mais se ainda sou humano...


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Passatempos divinos

Cheiro de mofo na vida

Pedaços de folha de caderno

Fumo moído que sobrou

Frios pegos de mal jeito

Aviões quebrando sinfonias

Ter que me arrastar

Porque meu isqueiro morreu

Eu me reinvento. E daí?

Tudo era um dia

O que não é mais.

Escuto um baticum

Sem baticum algum.

Pode ser delírio...


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O chá é chique

E o xique-xique mais ainda

Basta apenas um clique

Que a curiosidade finda


É tão pequeno

E é redondo que nem bola

Nosso mundo é veneno

Mas é também uma escola...


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Poesia Gráfica LXXXVI

T U A T R A N Ç A T O D A D A N Ç A T U D O A L C A N Ç A F E R O Z E M A N S A ...............................................................