Frases sem sentido e memes sem graça é o que temos. Um desespero simpático que toma boas doses de café e sorri simpaticamente. Não sabemos mais se pulamos no abismo ou se voamos. É a poesia da comodidade. Falar daquilo que não se conhece, boas camuflagens para isso. O gesto venceu as cores. Tudo que é passageiro veio para ficar. Muitos contrassensos. Toda novidade que será obsoleta no contar dos segundos. O morto só levantará amanhã de manhã, hoje é dia de folga...
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Frases soltas, soltas
por um acaso,
Feito folhas, folhas
que o vento leva,
Sonhos muitos, muitos
que chegarão
ou não...
Suspiros leves, leves
de quem ama,
Sorrisos raros, raros
clareando o dia...
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Os arranha-céus arranham os céus
Enquanto uma chuva fina tudo entristece
Eu agora sou só os meus olhos
E insensível às dores que me acostumei
Todos os versos são vivos e muito
Até em paredes haverão declarações
Cada passo que dei continua sendo
Pois a memória do tempo é infinita
Temos flores que caem me tapetes no chão
Eram amarelas se não me engano
Eu vi uma frase de amor numa parede
Frases impossíveis me fazem chorar
Prefiro arranha-céus que nada dizem...
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Não faz sentido algum apenas viver por viver. Muitos fazem isso e não o sabem. São apenas figurinhas de um álbum, depois de completo irá para o lixo ou ficará jogado num canto qualquer. Não adiantou o tempo gasto, colecionando figurinhas, cada vitória foi apenas uma ilusão. O esquecimento pertence a todos, mesmo quando pensamos que não...
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Tristeza cada passo
Com ou sem espaço
Sol chuva ou mormaço
Com ou sem março
Sucessos ou fracasso
Eu dedilho as cordas de um inexistente violão
Tudo é triste e monótono como samba-canção
Tristeza como um rio
Ou cheio ou vazio
Sol quente ou muito frio
Calado sem um pio
Sou covarde e sou bravio
Eu toco as teclas de um inexistente piano
Nem sei mais se ainda sou humano...
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Passatempos divinos
Cheiro de mofo na vida
Pedaços de folha de caderno
Fumo moído que sobrou
Frios pegos de mal jeito
Aviões quebrando sinfonias
Ter que me arrastar
Porque meu isqueiro morreu
Eu me reinvento. E daí?
Tudo era um dia
O que não é mais.
Escuto um baticum
Sem baticum algum.
Pode ser delírio...
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O chá é chique
E o xique-xique mais ainda
Basta apenas um clique
Que a curiosidade finda
É tão pequeno
E é redondo que nem bola
Nosso mundo é veneno
Mas é também uma escola...
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