quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 195

A estética mudou de lado

agora prefere feias cores...

A lógica mudou de ideia

agora acompanha tolices...

Eis! Nosso velho novo mundo

onde mortos e vivos se confundem

e a maldade é aplaudida de pé!


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Marina não foi pro mar,

perdeu todo seu encanto,

me deixou com parte dele,

a outra parte era meu choro...

Nem um beijo sequer 

olhando naqueles olhos verdes

e aquela boca feita de rosa...

Marina não foi pro mar,

não pegou a canoa,

não vi nada diferente,

vendeu água na porta do banco...


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Todo começo

talvez um final...

O que será não sabemos...

A vida tem surpresas!

Os destinos são irmãos gêmeos 

de pais diferentes...

Alegres ou tristes,

bons ou maus,

é tudo apenas ponto de vista...


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Chego o sono,

eu abro a boca

e fecho os olhos.

Em que penso agora?

Nas coisas boas

ou nas coisas más?

Acordarei ou não

para um amanhã?

Surpresa...

Só o peso das pálpebras 

irá me ninar...


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Nada mais silencioso do que certos gritos

O ar anda cheio deles...

Nada mais delicioso do que certos gostos

Mesmo se invisíveis...

Certas canções nunca esquecemos

Mesmo sem letra alguma pra lembrar...

Certos passos de dança que tropeçamos

Mas mesmo assim insistimos...

Versos vão chegando de mansinho

Embalar todos os meus sonhos...


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Tanto as ondas batem

Como contam segredos,

Os barcos que navegamos

Levam sempre novas,

Em suas velas vão

Mais desenhados sonhos,

Em seu trajeto

As maiores aventuras,

Quando chega o dia

Acordo e tudo cessa...


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Primavera, 

unanimidade de todas as paixões,

flores em excesso

enfeitando enamorados cabelos

(até as de maio depois disso),

eu quero todas as rosas 

de todo o mundo...


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