Ando mesmo quando parado,
Na minha mente fantasias ou alucinações?
Muitos os labirintos, isso sim...
O frio quase corta todas as folhas
Pois a compaixão já foi embora...
Afinal, que rei sou eu?
Uma parada um circo chega à cidade
Como num clipe musical...
Em outros dias lembro-me de uma
Em que eu mesmo desmaiei...
Cansado de reticências e paredes
Quero ir embora o mais rápido possível
Mas até disso tenho medo de falar...
Que qualquer poeta mais novo
Venha ficar em meu lugar,
Mas que ele possa sofrer bem menos...
Que ame um pouco bem menos
Para que tenha menos desilusões...
Que tenha bem menos ideais
Para que não se machuque tanto...
Que seja um pouco mais míope
E esqueça de chorar algumas vezes...
Calo-me com tão pouca coisa agora...
Não reclamo mais se os dias passam
E eu não tenha mais o que dizer...
Meus versos são rotas de fuga
E eu tenho plena consciência de tal...
Muito prazer, eu sou o ontem que teima
De ficar mais alguns dias por aqui,
Ainda não sei o que acontecerá
No capítulo final dessa novela,
Só sei que todas elas acabam acabando...
Ando mesmo quando parado...
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