Ponteiros pesadamente andam
devagar como nunca
e eu acabo tendo sono...
Não sei mais exatamente
o que eu quero pois tudo
que eu quis, já perdi...
As novidades se repetem
e o meu foi tão demasiado
que por certo já passou...
Eu só me apavoro comigo mesmo
e me recuso a olhar no espelho
pois nele sinto a minha condenação...
É uma simples vertigem,
é uma febre que começa mansinha
ou um pequeno nada que incomoda...
Esperas que espero demais,
irritando minh'alma exausta,
sou eu quem corria com o vento...
Nas minhas asas trazia fantasias
que agora estão destruídas
por uma paixão que tudo queimou...
Insetos voam em torno da lâmpada
e me lamento que deixei aberta
a janela mesmo chovendo fino...
Ponteiros pesadamente andam
mais rápido do que nunca
e quem sabe acabo morrendo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário