sábado, 29 de agosto de 2020

Eu Sou A Sombra de Mim Mesmo

A imagem pode conter: sapatos e atividades ao ar livre
Eu sou a sombra de mim mesmo
e não há caminho que eu vá sem conhecer,
Eu ando em todos os cantos, todos os países,
até que pare de respirar, até quando morrer...
E nestes dias que se seguem, sem pena alguma de nada e nem de ninguém, vamos chorando, todos nós, sem exceção alguma. Somos egoístas suficientemente para não consolarmos ninguém, nem nós mesmos...
Eu sou o meu implacável caçador
e faço muitas armadilhas, faço muitas delas,
Algumas são apenas simples alçapões,
outras são ainda um pouco mais belas...
E nessas noites que certamente virão, o perigo é aumentado e mesmo assim saio à noite. O que faço me expondo assim? Procurando sonhos, procurando muitos que deixei sob uma lua qualquer e sinto muita, mas muita falta mesmo...
Eu sou o juiz que bate o seu martelo
aquele que condena até o que é inocente,
Eu não tenho piedade nem mesmo de mim,
acredito que só acredito que sou gente...
E nesse tempo que não é tempo algum, que está fora de todos os relógios existentes, marco os encontros mais impossíveis possíveis. E minha fantasia ataca-me sem nenhum pudor. Eu já esqueci tudo aquilo que quis um dia e o amargo dominou-me todo o gosto que aparece para que eu possa provar...
Eu sou o palhaço que perdeu a graça.
e de suas próprias piadas não consegue mais rir,
Eu sou o viajante mais que vagabundo,
que chegou, mas não sabe o que está fazendo aqui...
E nesse sono que aos poucos me domina, os olhos começam à pesar, a mente escapa mais do que em minha loucura. Será a morte um grande sono ou um pequeno cochilo? Quem tiver a resposta, por favor, me diga. As minhas dúvidas acabaram de matar minhas certezas assim como o caçador que ainda sou...
Eu sou a sombra de mim mesmo
e não há caminho que eu vá sem conhecer,
Eu ando em todos os cantos, todos os países,
até que pare de respirar, até quando morrer...

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