Impossíveis letras,
impossíveis metas,
impossíveis retas,
impossíveis setas...
Setas apontadas para o coração, sem dó, sem razão, sem empatia, sem compaixão, eu quero o dia, tenho a escuridão, é só agonia, é minha exaustão...
Impossíveis letras,
impossíveis dramas,
impossíveis tramas,
impossíveis lamas...
Lamas onde meus pés atolam, a pobreza, que esmolam, a certeza, sem alegria, com sofreguidão, mas quem diria, não tem razão, a terra é fria, é a estação...
Impossíveis letras,
impossíveis dores,
impossíveis amores,
impossíveis cores...
Cores que ninguém nota, invisíveis, sem rota, insensíveis, não importa, sem companhia, com solidão, é uma agonia, essa paixão, a histeria, não nota não...
Impossíveis letras,
impossíveis lados,
impossíveis dardos,
impossíveis dados...
Dados que não são estatísticos, esquecidos, paralíticos, maldormidos, quase místicos, é uma heresia, na multidão, a companhia, a exaustão, essa mania, não tem perdão...
Impossíveis letras,
impossíveis ensejos,
impossíveis lampejos,
impossíveis desejos...
Desejos de goela abaixo, humanos, eu não me acho, quase insano, mas fale baixo, é uma folia, é a combustão, é a hipocrisia, é a traição, mas que mania, sem educação...
Impossíveis letras,
impossíveis letras,
impossíveis letras...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário