Tempestades sem nuvens, sem sequer águas. Ou pelo menos, alguns grãos de poeira. As portas se fecharam, as janelas se abriram. É mau tempo, minhas senhoras, meus senhores...
Cartão de crédito, cartão de débito, conta no banco, e-mail.
Destruição vindo aos montes, são várias as montarias. Ou ainda mais, velozes como a luz. Em uma nova Babilônia, as línguas são estranhas. Um grande espetáculo, meninas e meninos...
Número telefônico, grupo da net, rede social, selfies.
Falsas notícias, pessoas canalhas. Ou ainda, se esforçando para o serem. A bondade é aparente, uma nova forma de espetáculo. Apenas um teatro, ladies and gentlemen...
Memes da hora, vídeos virais, roupa da moda, invenções.
Máscaras caídas no chão, moral mais ainda. Ou ainda andando na contramão, é o novo costume. Nossa nudez é garantida, a nobreza assim o quer. Estréia amanhã, respeitável público...
Esquerda, direita, fake news, fogo na floresta, genocídios.
Arte medíocre, não temos mais tempo para tanto. Ou ainda, desconhecemos as noções mais básicas. Somos apenas mais um rebanho, as raposas tomam conta do galinheiro. Comprem seus ingressos antecipados...
Homofobia, pedofilia, feminicídio, racismo.
Filas são velhos hábitos, é saudável se impacientar. Ou ainda reclamar da vida, sem fazer nada. A apatia é o prato do dia, vamos comê-lo inteiro, sem deixar migalhas. É a nossa grande queima de estoque...
Pandemia, academia, tudo pop, globalização.
Descartável não tão descartável, o efêmero é a nova eternidade. Ou pelo menos é o que aceitamos, de braços abertos em cruz. Um deus implacável nos aponta o dedo, mesmo quando não pecamos. Eis a nova atração, gregos e troianos...
Combo alcoólico, nova marca, valores inversos, corrupção.
Surdez mais que imediata, a da alma todos temos sem sabermos. Ou ainda isso é herança, herança nossa de velhos erros passados se repetindo. O inferno é o nosso próximo. Aprendam essa lição, putos e putas...
Falta de gentileza, falta de educação, sujeira, crueldade.
Tempestades sem nuvens, o céu está limpo. Ou pelo menos, parece que está. As bocas se fecharam, os olhos não se abriram. É mau tempo, minhas senhoras, meus senhores...
Pandemia, academia, tudo pop, globalização.
Descartável não tão descartável, o efêmero é a nova eternidade. Ou pelo menos é o que aceitamos, de braços abertos em cruz. Um deus implacável nos aponta o dedo, mesmo quando não pecamos. Eis a nova atração, gregos e troianos...
Combo alcoólico, nova marca, valores inversos, corrupção.
Surdez mais que imediata, a da alma todos temos sem sabermos. Ou ainda isso é herança, herança nossa de velhos erros passados se repetindo. O inferno é o nosso próximo. Aprendam essa lição, putos e putas...
Falta de gentileza, falta de educação, sujeira, crueldade.
Tempestades sem nuvens, o céu está limpo. Ou pelo menos, parece que está. As bocas se fecharam, os olhos não se abriram. É mau tempo, minhas senhoras, meus senhores...
(Extraído da obra "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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