Sobrevive o corpo...
E na paranoia constante de um tal caos nos acostumamos com nada. Os sábios e os tolos agora se confundem. São frases contadas com vários poréns. Eu queria voltar para casa e acabei desistindo. Vários gostos acabam sambando em minha alma itinerante. Eu sou o que não sou até quando sou. Nenhuma maçã caiu na minha cabeça.
Desiste a lógica...
E as moscas fazem exercícios acrobáticos sem pestanejar. Eu quero ser o cara que deu um berro e matou o silêncio. Acendo várias velas para iluminar os meus medos. Perguntas sem respostas são mais filhos órfãos de ruas sem casas. Admirei-me com as admirações que não denotaram atenção alguma. As janelas servem de rotas de fuga porque as portas não mais funcionam.
A estética é inadequada...
Uma gravidez indesejada enche o ventre do mundo. E os tiros acertam fatalmente em seus pobres alvos. A paz entrou em guerra por uma banalidade medida com a régua. O sol fez mandinga pra nós, quase amanhecemos na pior hora. Os monstros da lagoa começaram seu turno de trabalho.
Todo mérito um dia pode morrer...
A rede balança e seus balanços são sedutores aos desavisados. Firmemente ligadas às nossas convicções estão nossas falhas. O auto-relevo de tesouros históricos são tão importantes como rabiscos de um menino dependendo dos pontos de vista que temos. Os ratos frequentam certos locais de puro luxo.
Todo epitáfio pode causar riso...
Nos funerais demonstramos o arrependimento que nunca tivemos. Por futilidades mais importantes que escaparam dentre os dedos. A nosso insensibilidade vem disfarçada de outras tantas coisas. Ser bom é a maior novidade possível para meros monstros que somos. E não podemos negar mesmo quando o queremos.
Os lobos uivam sempre mesmo sem lua cheia...
Os metais são tão insensíveis quanto os plásticos e possuem um dedo à mais de banal charme. Todos os botões são apertados de igual forma. As placas apontam a mesma direção. E agora os sinos dobram para todos nós com todos os motivos. Somos mártires do acaso sem estandarte e com samba-enredo.
Somos eternos e não mais ternos...
Fazia tempo que não sangrava tanto, mas isso pouco importa agora. As minhas sentenças são todas parecidas e acabo parecendo com a minha própria pessoa. Esse é o maior castigo que posso ter em dias sem intento algum. Fazia tempo que o morto não morria e os golpes todos falharam de uma vez só.
Verdes primaveras cinzas de fumaça...
A esquerda é a direita da esquerda da direita. E os riscos pelas paredes uma nova simbologia de místicas banalidades tão incomuns. Todo o meu sono saiu para dar um passeio e demora para poder retornar. Frágeis Nirvanas que se acabam em pouco tempo.
Vários cafés com nenhum açúcar...
Embalagens avulsas de uma confusão interminável. As serpentes estão mais bem comportadas do que antes. Só não temos plena confiança nisso. Temperamentais demais para tal. Ou nós ou elas, nem bem sabemos. Dez dias podem ser uma dezena ou um pouquinho bem mais.
Sobrevive o corpo...
E na paranoia constante de um tal caos nos acostumamos com tudo. Os sábios e os tolos agora se contundem. São frases cantadas com vários améns. Eu queria fugir para casa e acabei desistindo. Vários gostos acabam sambando em minha alma delirante. Eu sou o que não sou até quando sou. Nenhuma maçã caiu na minha cabeça.
Desiste a lógica...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida)
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