sábado, 21 de março de 2020

Alguns Poemetos Sem Nome Número 69


Aquela canção
que você me pediu
eu não pude fazê-la
já estava pronta faz muito
perdida em alguma estrela

Ou talvez perdida na rua
sem ter algum rumo
como eu quando me sinto só
quando choro sozinho
e ninguém tem algum dó

Aquela canção
que você me pediu
não pôde percebe-la
já estava pronta faz muito
perdida em alguma estrela...

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Em caminhos que me perdi
também me achei
A loucura pegou minha mão
e me fez seguir adiante
Pulei direto no abismo
e acabei voando
Acordem logo!
Gritei solene pelas manhãs
querendo mostrar minha alegria
mas com medo de sua partida...

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Esse cristal que eu quero
é seu
mas enquanto prometo guardá-lo
você quebrará
Essa manhã que eu quero
é sua
eu queria poder vivê-la intensamente
mas ela passará sem você notar
Esse amor que eu quero
é seu
mas não passará de uma banalidade
enquanto morreria por ele
Essa flor que eu quero
é sua
enquanto gostaria de guardá-la
você jogará fora
Essa vida que eu quero
é sua
à mim cabe apenas a morte
e eu a viverei totalmente...

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O último da fila
o primeiro da execução
o mais abandonado
a vítima da paixão
o que foi subtraído
o resultado da divisão
o que se perde no escuro
o carro na contramão
aquilo que eu não quis
o inverno em pleno verão
embriaguez indesejada
dor sem explicação
sem encontrar alguém
sozinho na multidão
o que caiu entre teias
apenas um grande bobão
mais um corpo caído
mais um banquete pro chão...

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Sou apenas mais um covarde...
Um covarde na fila...
Um covarde na lista...
Querendo olhar para o outro lado
Antes que aconteça a tragédia...
Um covarde bobo
Como há muitos por aí...
Pela vida... Quase na morte...
Porém permita te dizer...
Um covarde um pouco diferente...
O tempo acabou me ensinando
À continuar andando...
À não desistir de sonhos...
À não desprezar ao amor
Mesmo que isso signifique
Sangrar cada vez mais...
Sou apenas mais um covarde...
Um covarde na fila...
Um covarde na lista... Mais um...

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Eu amo tanto a sua loucura
como se fosse a minha
Vamos sair pelo mundo
procurando rosas azuis?
Eu amo tanto os seus desvarios
como se fossem os meus
Galopemos pelas nuvens
até que o dia se acabe...
Eu amo tanto os seus devaneios
como se de mim partissem
Iremos encher nossos bolsos
com todas as estrelas do céu?
Eu amo tanto os seus repentes
com a maior naturalidade possível
Pense aí e me responda:
Isso tudo significa amor?

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Os faróis me cegam
por essas noites tumultuadas
de nossa grande cidade
São milhares de vaga-lumes
que ficaram tão loucos
sem objetivo e nem itinerário
Os cigarros acesos
agora escondem sua fumaça
que também sobem aos céus
Não há mais velhos e homens
e nem mulheres e nem crianças
são apenas seres da noite
A beleza e o lixo andam juntos
de braços dados sorridentes
e ninguém pode perceber
Comida droga sexo e abandono
alguns bêbados expõem suas sinas
ser da noite não é pra qualquer um
sobretudo na minha cidade...

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