Quantos Nirvanas já desabaram
E outros tantos outros desabarão
Temos tantas rezas
E nenhuma oração...
A fome é o prato do dia
A solidão é nossa companhia
Não pense em mais nada
Nem na queda da escada...
Quantos carrascos já nos mataram
E outros tantos também se matarão
São tantas perguntas
E nenhuma indagação...
O medo é prova de coragem
A ida nem sempre é viagem
Não pense em mais nada
O que temos é a estrada...
Quantos Infernos já brotaram
E outros tantos já brotarão
Temos tantas dádivas
E nenhuma salvação...
(Extraído do livro "O Espelho de Narciso" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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