domingo, 1 de junho de 2025

Cada Qual Com Seu Sol

Os movimentos dos quadris da pornstar.

Todos os genes com carteira de identidade.

Há um grande silêncio nesse meu cantar.

Existe um sertão bem no meio da cidade.


A jornada de uma cruz pelo meio da rua.

Tiroteios agora com sua hora marcada.

Ela colocou a roupa para ficar mais nua.

A lava do Vesúvio agora está gelada.


Concurso mundial para quem come meleca.

Quem for mais escroto será então premiado.

Ele se casou no cartório com uma boneca.

Como caranguejos só andamos de lado.


Parei de escutar a canção bem no meio.

Decidi milhares de decisões sem decisão.

Era um vento malvado que assim veio.

A minha liberdade é como fosse prisão.


Eu sou o que sou e outro não poderia ser.

Eu sou a faca e a carne e também o corte.

Eu sou a sede que não quer mais beber.

Cada qual com seu sol e a sua morte...


(Extraído do livro "O Espelho de Narciso" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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