Com a corda dos sonhos que morreram
hei de me enforcar na árvore da ilusão...
Irei seguir o rastro dos amores que partiram
até que não consiga retornar nunca mais...
Não há mais palavras que eu conheça
e eu sou um estrangeiro daqui mesmo...
Onde estão as nuvens de meus céus
que um dia me acostumei à brincar?
Com a máscara do espelho me esconderei
não me importando se o vidro irá me ferir...
O meu sangue ainda corre nos rios das veias
mesmo que estando quente já está frio...
Minha calma é composta do desespero
que não me deixa sair desta gaiola suja...
Onde estarão todas estas alucinações
que são pedaços de uma realidade cruel?
Ilustre desconhecido em meu próprio ninho
esqueci todos os nomes e todas as suas cores...
O meu riso acabou me derrubando no chão
e daqui não me levantarei em tempo algum...
A minha sonolência é de uma outra espécie:
é a dos que bebem sem beber e morrem sobrevivos...
(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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