terça-feira, 20 de maio de 2025

Carliniana LXXXIII ( Na Faixa Etérea )

Jogadores compulsivos de damas

Em praças assim mais que públicas...

Observadores do tempo desperdiçado

Nas mais velhas modas do momento...

Filosofias que acabam generalizando

Tudo aquilo que aconteceu uma vez só...

Eu estava errado em não cometer erros

E deveria ter dado com a cara na parede...


Há muitos cadáveres mais que insepultos

Que nos recordam nomes e alguns risos...

A menina que foi morta em algum jardim

Quatro tiros nas costas dados por alguém...


Nem todos os nossos crimes são pecados

E nem todos os nossos pecados são crimes...

Os azuis das asas de nossas borboletas

Agora nos trazem a armadilha mais cruel...

Fico esperando o meu delivery de agonia

Enquanto meus dias acabam encurtados...

Cada sonho é uma tocaia bem montada

E a vítima não morrerá mas vai agonizar...


Abri a porta do meu manicômio particular

E acabei perdendo a chave não sei onde...

Gasto o que sobra dos meus pobres dias

Com enigmas da mais extrema clareza...


Nossa maestria nas coisas mais duvidosas

Constroem e destroem os castelos de cartas...

Os dois patinhos ainda nadam pela lagoa

Mas o problema é que ela anda tão seca...

Uma dose de uísque triplo aqui na mesa 4

Para o distinto cavalheiro que nunca bebeu...

Os meus dedos acabam sempre confundindo

Nesta maior de todas babilônias de idades... 

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