Berreco era um cara mais importante
Tinha a buzanfa de um elefante
Cagava merda de noite e dia
Mas só mijava dentro da pia...
Pois é pão velho, pois é pão novo
Pão com sabão e pão com ovo
O seu dentado não é acostumado
A comer um bão cozinhado...
Bizico era o mandão da estribeira
Vivia sempre pra fazer besteira
Fumava pó e cherava maconha
Nunca teve um pingo de vergonha...
Toma porrada pra lá, porrada pra cá
É muita porrada presses beiço inchar
Um dia ele morre e vai pro inferno
E até o Capeta vai botar terno...
Mané Mindiguim quando bebia chaça
Só queria saber de fazer pirraça
Botava a freguesia toda pra fora:
Seus filho-da-puta, vai tudo simbora!
Pobre dele que num foi pro céu
Mas acho que já foi lá pro beleléu
Foi pra lá montado num cavalo manco
Ou no burro sem rabo que pega no tranco...
Lurdinha era malandra do pé de goiaba
Era lá de cima que dava aquela raba
Fazia um feijão gostoso de linguiça toscana
Mas gostava mesmo era de uma banana...
Pobre da moça que pelo dito envelheceu
Já tá viúva e é mãe e vó de fariseu
Se mostra tudo ninguém mais lhe nota
Isso até o dia que vai bater as bota...
...
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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