Tão alto que nem se pude pular através.
Erguem-se nuvens do chão para os céus.
São os sonhos fugidios. Não os veremos mais.
A inocência ri de cinismo. O rido mais cruel.
Seremos executados por um crime inexistente.
Que é o herói? Quem é o vilão? Não há.
Nascer é um acaso que acabou enraizando.
As palmas ecoaram na plateia delirante.
Cada instante com o erro que lhe cabe.
Falemos de todo possível impossível.
As máscaras sempre escorregam do rosto.
Quem sou eu? Quem somos nós? Não sei.
Para cada ida ao espelho um estranho vem.
Olhar cada nova ruga é olhar uma flor morta.
Mesmo quando seu cheiro ainda permanece.
O sol teima e acaba atravessando a cortina.
A minha dor repete as mesmas palavras.
Mesmo assim eu quase não ligo para ela.
É assim que o tempo acaba nos ensinando.
O impossível é ali. Atrás de um muro alto...
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