Não há mais pássaro azul. Desculpe, Charles.
Um vento chato desse domingo frio, leva tudo embora.
Quem sabe uma pose com um cigarro na boca nos salve...
Rio aqui perto? Não existe nenhum, nunca vi.
Se usar a minha imaginação num pesadelo, talvez consiga.
Um rio, uma fonte, um lago, uma poça, agora tanto faz...
Um desfile coletivo de folhas mortas, isso sim.
Independente da estação as folhas acabam morrendo.
Assim como as folhas, muitas pessoas morrem agora...
Outras estão nascendo, isso tenhamos toda certeza.
Assim como outros sonhos que nunca serão realizados.
Perdão, se sou chato, perdão, mas essa é a verdade...
Quantos brinquedos quebrados, são muitos mesmo.
Quantos amores feridos, até quando não sangram mais.
Toda dor, depois de uma certa repetição, acaba viciando...
Queria dormir mais um século, até mais mil anos.
Mas toda parcela de tempo acaba se acabando de vez.
Não há mais pássaro azul. Desculpe, Charles...
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