Arroz sem gosto de arroz.
O bem. O zen. O além.
A trela. A cela. A bela.
O gato. O mato. O fato.
Propaganda nova de velharia.
O milho. O filho. O brilho.
A ventania. A picardia. A putaria.
O banquete. O falsete. O joguete.
Fila de pulos para o abismo.
A rã. O afã. A van.
O estepe. O estrepe. O esquete.
O elétrico. O estético. O métrico.
Quem morrer verá.
O luxo. O bruxo. O tucho.
O bicho. O lixo. O nicho.
A mão. O chão. O vão.
Linda com dentes podres.
A esfinge. A laringe. O atinge.
O Nilo. O filo. O quilo.
O pente. O dente. A gente.
Roupas quentes para o verão.
O norte. A sorte. O porte.
A venda. A fenda. A fazenda.
O acerto. O concerto. O enxerto.
Sapatos gastos para novos pés.
A ajuda. A miúda. O deus-acuda.
O condomínio. O extermínio. O patrocínio.
A distância. A ganância. A estância.
Eu faço torres de papel sob encomenda.
A narina. A quina. A esquina.
A pandemia. A boemia. A putaria.
O palo. O galo. O falo.
O famoso se desnudará em público.
O estrangeiro. O derradeiro. O dinheiro.
A puta. A luta. A cicuta.
A cicatriz. A felatriz. A matriz.
Soltaram uma granada em Granada.
O otário. O operário. O mandatário.
A ereção. A exceção. A excitação.
O biscoito. O coito. O afoito.
O mangangá pousou na nossa testa.
O famoso. O seboso. O gostoso.
A faísca. A isca. A bisca.
O marafo. O bafo. O sarrafo.
Vamos tirar as nossas melecas.
O milhar. O olhar. O bilhar.
A figa. O diga. A catinga.
O social. O fenomenal. O vendaval.
O necessário mais desnecessário...
(Extraído do livro "Palavras Modernas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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