Mundo que é só mundo pelo nome...
Mundo de injustiças, miséria e fome...
De poucos muitos e de muitos nadas...
De erros fatais e de balas disparadas...
Amores declarados e nunca amores...
Vinhetas legais um circo de horrores...
Não ver com nitidez é como fuga...
Esconder a palidez sob uma ruga...
Esconder o furacão sob a serenidade...
Somos os donos menos da vontade...
O louco nada vê e assim esbraveja...
E o miserável une moedas para cerveja...
A top model desfila manca na passarela...
Não tem cor e a raça é indefinida...
E nós nem sabemos se é morte ou vida...
Rua que é rua porque só passa gente...
Tudo bem e o médico também está doente...
Ele só fala se for numa língua estranha...
Agora comer também é uma façanha...
Uns te negam e outros ainda te devoram...
Uns apenas te enxergam e outros te ignoram...
Mundo que é só mundo pelo nome...
Mundo de injustiças, miséria e fome...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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