Aquele gosto que não senti,
Aquela fruta que não provei,
Aquele sonho que desisti,
Aquele beijo que não lhe dei...
Minha saudade tão exagerada,
Saudade de tudo, saudade de nada...
O espaço que não ando,
A altura que eu não voo,
O ar que está sufocando,
O que não como me dá enjoo...
Minha sorte tão desesperada,
A vida é um jogo, carta marcada...
Aquilo que me roubaram,
Aquilo que não mereci,
Chuvas fortes que molharam,
Noites frias que tremi...
A poesia rude nunca antes olhada,
A fera está solta e a arena lotada...
Aquele gosto que não senti,
Aquela prazer que não sentirei,
Aquele dia que então morri,
Aqueles olhos que não olhei...
Existir é apenas uma ilusão criada,
Eu acho que não existo e mais nada...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida)
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