sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 304

A rua é nua

A rua é lua

A rua é nua

Todos os gatos são pardos

E as vidas? São fardos...


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Ser alegre mesmo não sendo feliz

A ternura pode fazer milagres

O amor ama impossibilidades

A esperança é a mais teimosa

O sábio sabia antes mesmo de saber

Mosquitos voam em torno de mim

E eu quase sou uma velha sombra...


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Roce seu corpo no meu sem pudor

O pudor? Esqueci no outro bolso...

Faça versos com todo despropósito

De um acabarão vindo muitos outros...

Olhe todas as flores com carinho

São estrelas caídas que retornarão...

Roce seu corpo no meu sem pudor

O pudor? Esquecemos de ter algum...


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Talvez algumas flores me sigam

Jogadas ou colocadas

Sobre a minha urna

Serão sufocadas, amassadas

Pela terra mãe em silêncio

Murcharão, apodrecerão

E finalmente irão secar

E ainda virarem pó como eu

Só meus sonhos restarão 

Pela sua imortalidade...


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As mãos - a alma

Os pés - o corpo

A mente - a loucura

Eu nada soube um dia 

E até hoje não aprendi

As escadas davam medo

A estrada era a solidão

As mãos - o que não tenho

Os pés - a minha teimosia

A mente - todos os sonhos...


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Verde que te quero amarelo

Quando chegar o tempo

Antes disso não

Dispenso o vermelho do fogo

E a cinza dos malvados

Quer saber onde moro?

Moro no mundo, no mundo...


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Pirilampos fazendo de estrelas

Morcegos na coreografia

Aves da noite estão no coral

Pesadelos entre os homens...

Cães vadios no quase descanso

Todos os gatos na sua espreita

Querer enganar o sono é inútil

Pesadelos entre os homens...

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