segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 309

Repeti a dose

Repeti a pose

Repeti o mesmo veneno

Em doses homeopáticas

Repeti o sonho

Repeti tristonho

Por que tão teimoso

Em querer só o impossível?


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Ela tem olhos negros

Quase como o povo das sombras

Ela tem um sorriso

Que transforma o mal em bem

Ela tem seus delírios

Como somente os loucos e os santos

Ela tem a vulgaridade única

São todas as rosas numa só

Ela é como aquele demônio

Que rege o coro dos anjos...


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No momento estou só de passagem

Nenhum dos meus dias é igual ao outro

Todo esforço para tal proeza é inútil

A minha regra é não ter regra alguma

Os pássaros me visitam sempre

Não preciso de ter gaiola alguma

No momento estou só de passagem...


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Tudo dói, até aquilo que não,

Tudo é claro, mesmo sem explicação,

Tudo voa, até o que não sai do chão,

Tudo é frio, mesmo se está no verão,

Tudo chega, quem não vem na estação,

Tudo é amor, até mesmo o que é paixão...


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Teus olhos de preguiça fazem um jeito de me cegar

Tuas palavras feito louca são uma forma de explicar

Tua alegria no mundo faz a plateia toda delirar

É agua, é vento, é corrente, remédio para o doente

Preenche, esvazia, faz igual ao diferente,

Teus olhos de malícia me dão vontade de pecar

Teus passos pela rua me dão vontade de dançar

Teu mergulho no abismo me traz vontade de voar...


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Quando tudo foi embora

Apenas fiquei eu...

Como uma pedra sem fala

Observo os dias...

Quando você foi embora

Apenas fiquei eu...

Como estrela sem luz

Perdido na noite...


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Cantemos enquanto ainda houver tempo!

Nunca se sabe o dia de amanhã...

Brindemos enquanto houver ensejo!

O amanhã não escolhe o que traz...

Dancemos enquanto aqui está o corpo!

A morte vem, mas esqueceu seu script...

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