terça-feira, 15 de outubro de 2024

De Lírios e Delírios

Obedeça-me, pobre computador

Esqueça seu pobre teclado cansado

Lotado de fragmentos de meu desespero...


Colabore comigo, madrugada insone

Prometo não perturbar seu sossego

E nem me expor ao perigo que me ofereces...


Transforme-me, lua mágica, num instante

Em uma fera atrás dessas minhas grades

Para que possa uivar mesmo aqui dentro...


Lembrei de uma folia passada, lembrei

E assim corro o perigo iminente e certo

Daquilo que não me dói doer mais ainda...


Eu tento porque tento e mais ainda

Fechar os meus olhos e jogar meu corpo

Na cama que me conforta e não consola...


Amanhã: continuação deste ou outro dia?

Faço perguntas demais ao invés de me calar?

Eu sonhei com lírios ou foram simples delírios?...


(Extraído do livro "O Espelho de Narciso" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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