domingo, 13 de outubro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 308

Posso te ajudar a me ajudar a te ajudar...

Posso te dar um ninho mesmo não sendo lar...


Amantes latinos em garrafas

Solidez de um ar mais obtuso

Droga feita de forma caseira...


Posso te ajudar a me ajudar a te ajudar...

Posso te dar carinho mesmo que não queiras dar...


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Rasguei os céus como fosse tempestade

Vomitei estrelas igual quem fala muito

Tentei traduzir os mais simples rabiscos

Parei em corredores e falei com os loucos

O sangue percorreu os rios dos meus olhos

Empunhei estandartes de clara empatia

Mostrei a língua para todos os malvados

Gritei da forma mais silenciosa possível

Nessa domingo quase morto e segunda...


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Nunca mais o espinho há de me ferir

Isso faz parte de um passado recente tão distante

Coloquei novas cores nesta pobre aquarela

Assim como quem compõe variações ao tema

Nunca mais o sol há de me queimar

Elegi a noite como minha companhia

Um coro de pirilampos faz o fundo musical

Enquanto vou me banhando sob a lua

E me preparando para sessões eternas de uivos...


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Esperemos novamente o barulho das águas

Rio e serpente dos mais longos cabelos que há

O balanço do mar irá encontrá-lo então

E um festival de verdes e azuis estará formado

Eu agora tenho meus olhos de espada cortante

E os truques do mágico não podem enganar


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Assim como os homens - os sonhos

Não se pode vender estes ou aqueles

Todo sonho transferido sofre mutações

Nunca mais poderá ser o mesmo

Assim como os sonhos - os pesadelos

Basta sabermos como se adjetiza 

E com estas nossas correntes 

Faremos que surjam logo asas...


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Perdi o medo de tanta coisa!

Agora nesse exato momento

Brinco de escorregar 

Das mais altas escadas possíveis

Como quem percorre 

Muitas águas sem querer parar

Perdi o medo de tanta coisa!


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O que chamas de fraqueza, chamo de força

Para alguns esses metros são apenas metros

Enquanto para mim são vários quilômetros

Mas consigo andá-los sempre que quero

No que ris de deboche, fico sempre sério

Todos os anos que em mim carrego

Não secaram as lágrimas (infindáveis)

Mas acabaram com risos (gastadores somos)

O que chamas de ilusão, ainda chamo amor...

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