sábado, 12 de outubro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 306

Todo proibido tem permissão

O que escondemos nem vemos

Esse sol está na minha mão

Se a morte nem percebemos

O que diremos da vida então

De céu acima nós descemos

Todo proibido tem promissão...


...............................................................................................................


O relógio nunca foi meu inimigo

Nunca foi e nunca será

Ele me diz que irá irei dormir

E que hora eu irei acordar

Me avisa sem chegam os sonhos

Ou se devo acabar de sonhar

Quando acenderei a fogueira

Quando ela também apagará

É um amigo até sério demais

Mesmo quando está a brincar

O relógio nunca foi meu inimigo

Nunca foi e nunca será...


...............................................................................................................


Deixarei de rir como ria antes...

Quando ria de águas e rios

Em sonhos que nunca decifrei...

Deixarei de rir como ria antes...

Haviam festas todos os dias

E carnavais nos fins-de-semana...

Deixarei de rir como ria antes...

Quando eu era apenas menino

E o velho não tinha chegado...

Deixarei de rir como ria antes...


...............................................................................................................


Cada era

Com sua quimera

Cada espera

Com sua fera

Cada esfera

Com sua atmosfera...


...............................................................................................................


O mínimo do máximo

Ou o máximo do mínimo?

Estrelas grandes feito mar

Ou pequenas dos teus olhos?

Dias de festa sem motivo

Ou carnavais improvisados?

Jardins cheios de flores

Ou pedras tão silenciosas?

O mínimo do máximo

Ou o máximo do mínimo?...


...............................................................................................................


Não decifrei o enigma

E nem desatei o nó...

O mundo é assim mesmo

Sem ter pena e sem dó...

Não virei astro-rei

Tampouco tornei-me pó...

Não foram os meus pais

E também nem os avós...

Não aprendi a cantar

Talvez essa canção só...


...............................................................................................................


Não me culpem por meus erros

Eu sou apenas mais um velho

Sentado na frente de um computador

Espiando o mundo com olhos de rapina

Foram tantas as comoções

Que agora quase insensível respiro

Meu pitbull está dormindo na sala

E minha rua está toda silenciosa

Nunca saberemos o que tem amanhã

Talvez até mais alguns destes versos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os Poemas do Meu Avô

  Quando meu vô Eusébio morreu Deixou um monte de papéis guardados, Segundo me contaram eram seus poemas... Vó Augusta deve ter ficado trist...