Todo proibido tem permissão
O que escondemos nem vemos
Esse sol está na minha mão
Se a morte nem percebemos
O que diremos da vida então
De céu acima nós descemos
Todo proibido tem promissão...
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O relógio nunca foi meu inimigo
Nunca foi e nunca será
Ele me diz que irá irei dormir
E que hora eu irei acordar
Me avisa sem chegam os sonhos
Ou se devo acabar de sonhar
Quando acenderei a fogueira
Quando ela também apagará
É um amigo até sério demais
Mesmo quando está a brincar
O relógio nunca foi meu inimigo
Nunca foi e nunca será...
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Deixarei de rir como ria antes...
Quando ria de águas e rios
Em sonhos que nunca decifrei...
Deixarei de rir como ria antes...
Haviam festas todos os dias
E carnavais nos fins-de-semana...
Deixarei de rir como ria antes...
Quando eu era apenas menino
E o velho não tinha chegado...
Deixarei de rir como ria antes...
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Cada era
Com sua quimera
Cada espera
Com sua fera
Cada esfera
Com sua atmosfera...
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O mínimo do máximo
Ou o máximo do mínimo?
Estrelas grandes feito mar
Ou pequenas dos teus olhos?
Dias de festa sem motivo
Ou carnavais improvisados?
Jardins cheios de flores
Ou pedras tão silenciosas?
O mínimo do máximo
Ou o máximo do mínimo?...
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Não decifrei o enigma
E nem desatei o nó...
O mundo é assim mesmo
Sem ter pena e sem dó...
Não virei astro-rei
Tampouco tornei-me pó...
Não foram os meus pais
E também nem os avós...
Não aprendi a cantar
Talvez essa canção só...
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Não me culpem por meus erros
Eu sou apenas mais um velho
Sentado na frente de um computador
Espiando o mundo com olhos de rapina
Foram tantas as comoções
Que agora quase insensível respiro
Meu pitbull está dormindo na sala
E minha rua está toda silenciosa
Nunca saberemos o que tem amanhã
Talvez até mais alguns destes versos...
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