domingo, 30 de junho de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 274

Tive uma ideia inusitada

(Talvez até genial, quem sabe?):

Vou me imitar

(Até eu mesmo acreditar nisso...)

Só que com o tempo invertido

(Quer saber? Eu explico...)

Cada dia um pouco mais novo

(Até que caiba de novo de onde vim...)...


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O tempo?

O tempo é aquele cigarro

Que eu acendi

E que acabei esquecendo

No meu cinzeiro...

O tempo?

Ah, o tempo...


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Não somos tristes, apenas estamos. Não somos alegres, apenas estamos. Nesse eterno movimento de dias de sol e dias de chuva, no mesmo lugar. Grande engano, não é o espaço que nos domina, sim o tempo. Mesmo sem percebermos dessa verdade. Não somos maus, apenas surgem maldades de nós. Não somos inteligentes, nossa tolice sabe disfarçar da melhor forma possível. Só sabemos perdoar-nos e continuamos no mesmo ciclo de erros sucessivos. E o carrossel da vida não para...


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Não me importo com domingos de chuva, sabe? Aqui neste meu canto até gosto de relembrar alguns com sóis. Antigos carnavais que cumpriram sua exata tarefa. Chuvas de confetes e serpentinas. Fantasias que agora não existem mais. Não me importo com domingos de chuva, sabe? Para o menino que continuo sendo isso não faz diferença alguma...


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Numa corrida só, caí no chão, ralei o joelho, quase quebrei meus óculos. Quis subir aos céus em pipas que se recolheram do ar quando começou a anoitecer. Numa corrida só, gastei todo o meu tempo, não fiz tudo aquilo que queria, só fiz o que o destino me obrigou. Nunca corrida, só apenas uma. É que eu acabei me esquecendo que tinha asas...


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Talvez o Ford 36 ainda ande pelas mesmas ruas, só não consigo mais olhá-lo como antes. Sob o asfalto triste, desgastado e sem graça está o mesmo barro de dias chuvosos que olhei tantas vezes antes. Talvez minha eternidade seja maior do que penso, meu caro Ford 36...


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Bem vindo, nada! Você não me feriu nunca, nunca, nunca! Apenas cumpriu seu papel... Bem vinda, desilusão! Você apontou-me espinhos! As rosas sim, estas permaneceram silenciosas, esperando ferir-me... Bem vinda, solidão! Você sempre acompanhou-me sempre! Não quis me fazer tocaia alguma. Nunca me decepcionou mostrando quem é...

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