sexta-feira, 7 de junho de 2024

Pão Com Sardinha

 

Relíquia fina...

O rei de nariz de chapoca na careta

E Joyjoy olhando avião que não tem

Enquanto ela tira a remela da janela...

Tantos fatos...

O poço bem lá depois do seu Amaral

E um hot-dog bem na manha da arrastão

Zaninha come pedaços de bucho tão feliz...

Parece teatro...

Um rádio de pilha debaixo do pé de jamelão

E uma saudade que até cresceu demasiada

O papagaio quase arrancou o meu dedo fora...

Comédia séria,,,

Uma gaveta só para todas botar os fósforos

Lamentar os jilós que eu deixei de comer

Agulhas sem pontas para os nossos bordados...

Tão sem moda...

Levantar halteres somente com a força mental

Caprichar na imitação do new antigo comercial

Ler um livro só olhando as suas figurinhas...

Capricha tudo...

O escorpião-rei ingressou em um mosteiro pagão

Iara sentou na calçada e quase foi atropelada

Adoro comer dicionários no meu café da manhã...

Pisa no freio...

Na Barra agora está tudo mais uma grande barra

Roubei as asas de um anjo só para dar passeio

Estamos indecisos se decidimos pela indecisão...

Pastel de flango...

Na hora de cantar serenata deu vontade de peidar

A roupa estava rasgada e nem eu fui avisado

Não tenho mais perguntas sobre a tal honestidade...

Reviver nada...

Me curei da mandinga braba tomando mais uma

Coloquei um terno feito de cobertura de bolo

Meu novo fetiche é ganhar um soco bem na cara,,,

Sempre não fui...

Dona Rosa acabou me vendendo pinga fiado

Tava tão quente que o ovo foi frito na mão

Moro no começo do fim ou no fim do começo...

Reta curva...

Bolo quente com a rapa da forma como adoro

Vamos morrer somente no nosso último dia

Pernil assado faz qualquer um perder a cabeça...

Televisão fora do ar...

Dê bom-dia xingando logo a mãe do cara

O juiz marcando falta faça ele engolir o apito

Quimera agora é ter sempre o que comer,,,

Pão com sardinha...


(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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