quinta-feira, 6 de junho de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 267

Lutas diárias entre o sim e o não

O bem e o mal entre muitos armistícios

A fábrica de invenções engole tudo

Enquanto sóis nada mais inventam

Os mendigos estendem seus chapéus 

Ou ainda suas latas ou nuas mãos

Um tango triste invade o ar solene

Enquanto todos os cães são iguais...


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Todas as caras estão tortas

Até as tortas mais também estão

Todas as ruas ainda vivas mortas

E a própria morte tem exaustão


Ave Cesar! Nós que não vamos morrer

Não te saudaremos quase nunca!


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O menino teimoso teima sua teima

O amante real nunca corre do desamor

Os passarinhos cantam até o final

A bailarina dançou mesmo cansada

De silêncio enchem alguns certos gritos

Mesmo traindo há certos heróis do dia

O luto encoberta algumas compreensões

Uma dose pode ser apenas mais dose

O menino teimoso teima sua teima...


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Por que ir em terras tão longes?

A poesia não tem dedos para escolher...

A fama é apenas um detalhe notado...

Nunca existe piedade em um não...

A lógica de vez em quando se engasga...

O primeiro pingo de chuva molhou tudo...

O brilho da lâmina não é desculpa...

Até os caçadores têm certos medos...

Por que ir em terras tão longes?


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Me deixe brincar com as palavras

Algumas eu tiro do meu dicionário

Outras eu inventei quase agorinha

Me deixe dar sentido ao que não tem

Ou tirar o que existe sem precisar

Eu sou a linha e o nó simultâneos

O gosto que gostam ou ainda não

Todas as paralelas são tão tortas

Eu não queria beijá-la mas queria

Me deixe brincar com as palavras...


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O mesmo gesto, não, nunca!

Todas as marés só chegam uma vez...

Seu sorriso está lindo como sempre!

Pena que meu celular queimou...

Na pele só existem detalhes fúteis!

Todos os prédios também desabarão...

O óbvio acaba me enjoando tanto!

Minha excentricidade é gente boa...

O mesmo gesto, não, nunca!...


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O que há diante do espelho?

Toda indecisão que há no mundo

Caretas pobres feitas em segredo

E crimes planejados sem dolo...

O que há neste espelho?

A mesma frieza do vidros as almas

Que pouco ou nada percebem

Que todo é aos poucos consumido...

O que há atrás do espelho?

Talvez alguns sonhos tão perdidos

Que um dia serão tornados nuvens

E finalmente volte de onde vieram...

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