Éééééé...
Tá pensando o que, subambo?
No meio da manada tem coelho,
Vai comer fraldinha de fralda,
Seu pedaço de angu seco!
Se Rodolfo deu,
Pobrema é dele!
Era uma juntarada de manica
Que só ele nas carça, bubaca!
Quanto mais eu me ferro,
Até queu vivo, num sabe?
Beijo de porco, é rapadura...
Oh, quantas lágrimas
Eu tenho derramado...
Mais que poço, mais que poço!
O sul do norte me desnorteia,
Mais que pudim de areia,
Que pudim chinfrim, seu moço?
Enfia a fama do nesse cu e voa!
Passa férias em Paris do Cariri,
Mas só de mula, certo?
Esqueci e esqueci mermo...
Sou um poço de esquecimento,
Um poço nom, um açude,
Orós é brinquedo pra mim...
Sou palavrudo, e daí?
Tem gente que xinga a mãe
Só na careta
E espragueja a madrinha
Só no soco!
Quer dar? Dá logo,
Mirimba torta de beiço de macaco!
Daqui até lá, vou me cagar...
Caga aqui, caga acolá, caga aqui...
Três mais dois é oito,
É sim, é sim!
O erro é meu, faço dele o que quiser!
Escolhe aí:
Foda-se ou vai se foder.
Meu nome é...
Num interessa, porra!
Um, dois, três,
Quatro, cinco, seis...
Dá uma porrada
Lá na cara do freguês!
Um, dois, três,
Quatro, cinco, seis...
Tá comendo bosta,
Come logo de uma vez!
Curupaco,
Acertaram meu saco!
Seu pescoço de ganso,
Corno manso!
Vai beber cerveja
Na puta que te pariu!
Falou Perceu?
Tu se fodeu...
Bebida de pobre é cuspe.
Abre as pernas, camarão!
Tumba também é berço!
O peixeiro vende arroz,
Caganeira vem depois.
Num é ou é num?
Sá vaca safada!
Sá vaquita de arame!
Eu quero é menos...
Só me ofendo com ofensa.
Sofri um baque
E dei um traque.
Tá nervoso? Vai cagar!...
Nem é pau, nem é pedra,
Nem tem fim no caminho...
Nem tem bala, nem troco,
Vai ficando calminho!
Olha o milho, olha o milho!
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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