sexta-feira, 28 de junho de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 273

Viver não é respirar apenas

Viver sempre foi bem mais que isso

Penas são enfeites

Asas são mais que isso...

Lutar não é competir apenas

Lutar sempre foi bem mais que isso

Batalhas são dias

Vitórias são mais que isso...

Amar não é querer apenas

Amar sempre foi bem mais que isso

O querer é a proximidade

A saudade é bem mais poderosa...


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Procurei palavras para me calar, de forma concreta, de forma definitiva. Faltaram-me termos, cores fugiram de minha aquarela. Todas estavam usadas, mais que usadas, disso tenho certeza. Procurei sentimentos diversos do que eu tinha, talvez meio estranhos, inéditos talvez. Estavam em falta no mercado. Não haviam nas lojas, tão pouco os achei na internet. E os sonhos? Estes então me cansaram muito, pelas corridas que dei, tantos suspiros e tantos desenhos nas nuvens mais claras que arranjei...


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Não fale,

Bebemore,

Nem tudo está perdido,

Apenas tornaram-se lembranças...

Não chore,

Force o sorriso,

Até que a mentira se verdadeire,

Como tantas outras...


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Molhar as pontas dos dedos para tirar cinzas que caíram erradas. Ir contra o vento para com fósforos acender cigarros. Ficar no mais absoluto dos silêncios quando deveria gritar. Contar mentalmente os passos que não deu e que nunca mais dará. Escutar mentalmente algumas velhas canções há muito sepultadas. Dançar somente com os olhos enquanto mascara sua dor constante. Andar em ruas imaginárias pensando e sorrindo pelo amor que não virá nunca mais...


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Serve, não serve,

Todos os ângulos inusitados,

O costume entorta a boca,

A paixão vicia a alma,

O perdão acalma ventos,

Queremos dançar na avenida,

Ternura queremos até doer,

Serve, não serve...


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Tudo foi bem mais simples, por isso mesmo, mais complicado. Se haviam gemidos e outras carícias, nunca mais iremos saber. A possibilidade escreveu manuais agora perdidos. As manhãs matam os sonhos das noites passadas. Espero sentado em berço nada esplêndido por refrescos mornos um tanto aguados e sem açúcar.


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Use as cartas que têm na manga - não poupe-as

Dê o sorriso que ainda resta - não o esconda

Transforme sua covardia em coragem - isso faz parte

Não coma no prato que cuspiu - isso é muito feio

Deixe em paz todas as suas feridas - elas podem acordar...

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