domingo, 16 de junho de 2024

Monossílabos Mágicos (Poesia Experimental 1)

Uma grande tristeza em alguma dança fálica

Entre milhares de televisores que voam por aí

Todos os erros do passado dignos de admiração

Enquanto meu cochilo no sofá pede piedade

Eu sou o bruxo da hora que pede um salgado


Zip zap 

Dos nomes vou escolher o pior

Zap zop

Ferreiro sem cão caça com rato

Zup zep

Os montes de lixo estão belos


Os caramujos estão inscritos na maratona

O discurso do cego acabou virando afônico

A teoria de conspiração está passeando já

Estou fumando a tinta das minhas palavras

Hoje tem festa caipira bem lá no inferno


Cap cop

Daqui um século apenas seremos

Cup cap

A celebridade me faz não celebrar

Cop cep

Na dúvida quebre o então vidro


Agora vou colecionar tampas de bueiro azuis

Um pouco de chá de hortelã sem sal me basta

Não acredito mais que minha fé desacreditou

Uma andorinha só apenas faz o inverno

Metade de mim é apenas mais uma metade


Pax pex

Romanos sempre foram gregos

Pix pax

Na cerejeira agora cresce maçã

Pex pox

É Machadinho com o machado


A felicidade é apenas mais um litro de farinha

Meu nome é Salustiano sem ter esse nenhum 

A cabra desmaiou quando viu os novos preços

Toda vulgaridade tem o seu quê de inocência

Deitamos na cama de pregos e gostamos muito


Lix lex

A cultura ficou assombrada pelos dias

Lax lox

O monge enlouqueceu e virou burguês

Lux lex

Meu reino por porra nenhuma sempre...


(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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