Uma grande tristeza em alguma dança fálica
Entre milhares de televisores que voam por aí
Todos os erros do passado dignos de admiração
Enquanto meu cochilo no sofá pede piedade
Eu sou o bruxo da hora que pede um salgado
Zip zap
Dos nomes vou escolher o pior
Zap zop
Ferreiro sem cão caça com rato
Zup zep
Os montes de lixo estão belos
Os caramujos estão inscritos na maratona
O discurso do cego acabou virando afônico
A teoria de conspiração está passeando já
Estou fumando a tinta das minhas palavras
Hoje tem festa caipira bem lá no inferno
Cap cop
Daqui um século apenas seremos
Cup cap
A celebridade me faz não celebrar
Cop cep
Na dúvida quebre o então vidro
Agora vou colecionar tampas de bueiro azuis
Um pouco de chá de hortelã sem sal me basta
Não acredito mais que minha fé desacreditou
Uma andorinha só apenas faz o inverno
Metade de mim é apenas mais uma metade
Pax pex
Romanos sempre foram gregos
Pix pax
Na cerejeira agora cresce maçã
Pex pox
É Machadinho com o machado
A felicidade é apenas mais um litro de farinha
Meu nome é Salustiano sem ter esse nenhum
A cabra desmaiou quando viu os novos preços
Toda vulgaridade tem o seu quê de inocência
Deitamos na cama de pregos e gostamos muito
Lix lex
A cultura ficou assombrada pelos dias
Lax lox
O monge enlouqueceu e virou burguês
Lux lex
Meu reino por porra nenhuma sempre...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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