Um bloco, meu bloco
uma pequena multidão,
pequena em rimas,
menor ainda em canção,
como um sonho morto,
morto e caído no chão...
Sem carinho, sem abrigo,
sem sequer atenção...
Traído e vendido
por qualquer um tostão...
Não tem fevereiro,
não tem paradeiro,
não tem direção...
Procura o que tem,
não acha ninguém,
nem sim e nem não...
Um bloco, meu bloco,
o barco não partiu,
não sei aonde vou,
a estrela já caiu,
ninguém se importou,
ninguém aqui viu,
só eu é que chorou...
Eu tou ficando louco,
não tem explicação,
todo desengano é pouco,
forró, frevo ou baião...
Nem meu, nem sua,
nem noite, nem lua,
nem luar do sertão...
Não há mais um preço,
eu me esqueço,
estava na minha mão...
Minha sorte,
minha morte,
meu carro na contramão...
Um bloco, meu bloco,
estou tão vazio,
já fez tanto frio
em pleno verão...
Versos não há mais,
nem dias de paz,
nem faço questão...
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