Quadriláteros insanos
Jardins com indiscreto charme
Drogas impensadas de mais nada
Triângulos aflitamente
Colocados de uma vez
Em mais um dos ataúdes
Prontos para entrega...
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Faça uma longa túnica
(Ou será talvez um manto)
Coloco estrelas possíveis
(Um Universo inteiro)
Calo-me ante tanta tristeza
Mas nem todas elas sujas
Eu vou usá-lo um dia
Não como Bispo
Porque não espero algum final...
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Perdi minha velocidade
Estaticamente quedei-me vencido
Estou mais que exausto
Esse mundo certamente não é meu
Nem um pequeno pedaço
A alegria não me foi negada
Ela nunca foi minha
Já o choro é sim
É todo meu sempre
Tanto que todas as minhas lágrimas
Ainda estão em meu peito...
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Chamem o gato! Chamem logo o gato!
Acabei de ver um rato andando pelos cantos...
Ou seria uma barata e me confundi?
Mas ainda assim o medo é o mesmo...
Chamem o gato! Chamem logo o gato!
Atrapalhem seu sono e o acordem logo...
Se está se lambendo sob o sol da manhã
Expliquem que isso é mais importante...
Chamem o gato! Chamem logo o gato!
Diga para ele que o meu desespero
É bem maior do que todas as nuvens juntas
Para poderem cair logo lá de cima...
Chamem o gato! Chamem logo o gato!...
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Num dia desses qualquer
Não estarei mais aqui
E em lugar algum
(Meu corpo não será
Mais a minha pobre casa...)
Não sei se algo existe
Ou mais nada há
Tudo é bem parecido
Dentro do meu silêncio...
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Atrás de qualquer drama
Uma trama
Atrás de qualquer trama
Um enigma
Estamos num tempo
E num espaço
Desnorteados
Só as estrelas
Continuam presas
Na colcha do céu...
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- Ave de mau-agouro,
Por que sobrevoas minha cabeça?
- O cheiro dos teus sonhos mortos
Acaba me atraindo...
- Nunca me deixarás em paz?
- Não sei em que tempo,
Mas certamente te deixarei...
- Não me darás
Um sinal do teu abandono?
- Sim, te darei.
Irei embora qualquer dia destes
Em que fores igual aos teus sonhos...
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