segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 202

 


Quadriláteros insanos

Jardins com indiscreto charme

Drogas impensadas de mais nada

Triângulos aflitamente

Colocados de uma vez

Em mais um dos ataúdes

Prontos para entrega...


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Faça uma longa túnica

(Ou será talvez um manto)

Coloco estrelas possíveis

(Um Universo inteiro)

Calo-me ante tanta tristeza

Mas nem todas elas sujas

Eu vou usá-lo um dia

Não como Bispo

Porque não espero algum final...


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Perdi minha velocidade

Estaticamente quedei-me vencido

Estou mais que exausto

Esse mundo certamente não é meu

Nem um pequeno pedaço

A alegria não me foi negada

Ela nunca foi minha

Já o choro é sim

É todo meu sempre

Tanto que todas as minhas lágrimas

Ainda estão em meu peito...


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Chamem o gato! Chamem logo o gato!

Acabei de ver um rato andando pelos cantos...

Ou seria uma barata e me confundi?

Mas ainda assim o medo é o mesmo...

Chamem o gato! Chamem logo o gato!

Atrapalhem seu sono e o acordem logo...

Se está se lambendo sob o sol da manhã

Expliquem que isso é mais importante...

Chamem o gato! Chamem logo o gato!

Diga para ele que o meu desespero

É bem maior do que todas as nuvens juntas

Para poderem cair logo lá de cima...

Chamem o gato! Chamem logo o gato!...


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Num dia desses qualquer

Não estarei mais aqui

E em lugar algum

(Meu corpo não será 

Mais a minha pobre casa...)

Não sei se algo existe

Ou mais nada há

Tudo é bem parecido

Dentro do meu silêncio...


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Atrás de qualquer drama

Uma trama

Atrás de qualquer trama

Um enigma

Estamos num tempo

E num espaço

Desnorteados

Só as estrelas

Continuam presas

Na colcha do céu...


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- Ave de mau-agouro,

Por que sobrevoas minha cabeça?

- O cheiro dos teus sonhos mortos

Acaba me atraindo...

- Nunca me deixarás em paz?

- Não sei em que tempo,

Mas certamente te deixarei...

- Não me darás 

Um sinal do teu abandono?

- Sim, te darei.

Irei embora qualquer dia destes

Em que fores igual aos teus sonhos...


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