De peixe
de inúmeras estações
Um nó na garganta
De segredos inconfessáveis...
De rosas
com muito pouco sangue
Veias abertas ao vento
De tantas canções...
De marinas
com cores diferentes
As naus se foram
Para a escuridão da tempestade...
De desenganos
em porões mais escuros
Onde correntes maltratam
Todo o meu ser...
De caminhos
que conduzem aos olhos
Os olhos sem par
Onde posso morrer...
De fumaças
que sobem lentamente
Enquanto o tédio
Mata tudo em torno...
De bicho
em perigosas selvas
Onde tudo e nada
Acaba dando na mesma...
De sangue
uma interminável romaria
O coração num baticum
Feito samba-canção...
De sono
livre de todos os pesadelos
Ninar que embala
Com o passar das horas...
Poemo
não me aponte o dedo
Eu não sou culpado
De ser somente assim...
Nenhum comentário:
Postar um comentário